Rua de Mão Única

"Para os grandes, as obras acabadas têm peso mais leve que aqueles fragmentos nos quais o trabalho se estira através de sua vida" - Walter Benjamin

quinta-feira, setembro 29, 2005

O Guerreiro - Erik Reis

Rua 117

Sempre andou descalço, porque agora calçaria um sapato? Ora, aquilo era um absurdo. Em sua própria terra ser obrigado a se submeter aos caprichos de uma norma, de um preceito, de uma regra, de uma lei. Ou ele entrava descalço ou sem sapatos entrava. No entanto, na porta do estabelecimento já estavam dois seguranças, três empregados de mesa, uma pequena platéia de curiosos e o dono do restaurante que procurava, aos berros, meter em sua cabeça: aqui não, aqui não! Ou entrava calçado ou calçado ele não entrava.

(do livro "Perambulando pelo caos" - série - urbanidades # 8)

imposto por Claudio Eugenio Luz 18:44

Comments:

sabe, existe a arte de entrar sem os pés no chão. faço isso quando não quero entrar em algum lugar.

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Anônimo : 7:03 PM

E a galera gritava e urrava: calça! calça! calça!
Um abraço:

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Anônimo : 10:11 PM

E daí Luz!

Valeu!
Muito bom!

CC.

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Cláudio B. Carlos : 12:22 AM

Tu me desconcerta, as vezes...
Bjo

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Anônimo : 10:14 AM

Ainda bem, meu caro, que pra entrar nessa rua sem saída, pode ser descalço... de qual maneira, eu daria um jeito de entrar.

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Anônimo : 10:23 AM

tsc...
ninguem transporta e ninguem desembrulha...
Mesmo pq, depois do seu laço de fita, vou querer me manter feito presente pra alguem...

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Anônimo : 10:32 AM

meus pés sentem frio!

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Anônimo : 11:33 AM

Sem sapatos. Abs!

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Kimu : 6:55 PM

Um pequeno texto, mas uma grande história.

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Anônimo : 11:12 PM

Querido, Luz, vc sempre consegue me confundir... mas acho isso muito bom pq isso nos faz raciocinar...
ate logo!!!!!

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Anônimo : 12:56 AM

aí, ele abriu o seu proprio restaurante em frente. Onde só podia entrar quem viesse de alma descalça!
%)

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nandi : 9:55 AM

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