Mostrador
Aqui é assim: chorou, dançou. Não tem desculpa, não tem perdão. Qualquer movimento, por mínimo que seja, é o olho da rua. E nem adianta explicar. Qualquer tipo de explicação seria inútil. Afinal, quantos não gostariam de estar no meu lugar? Quem nasceu não tem jeito, precisa topar qualquer parada. Às vezes, devo confessar, me dá uma vontade louca de estourar com tudo, pedir a conta e procurar outra condição menos estática. Mas pra onde eu iria? Pensando bem, acho que sou uma pessoa de sorte. Quero dizer, até agora nunca me colocaram de quatro, tampouco fui submetido a maus tratos. Ou seja, cortando em miúdos, deixando de lado as dores nas juntas ou os olhares desdenhosos dos passantes, não é um trabalho ruim. Talvez um pouco monótono. Talvez um pouquinho sem graça. Talvez um tanto bizarro. Talvez um tanto parado?
(do livro "Perambulando pelo caos" - série - urbanidades # 11)
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