Rua de Mão Única

"Para os grandes, as obras acabadas têm peso mais leve que aqueles fragmentos nos quais o trabalho se estira através de sua vida" - Walter Benjamin

sábado, setembro 16, 2006

 

Depois do shopping, a minha menina chora...

Desculpe, baby, mas deixe suas coisas sobre a cama e não diga nada. Finja que tudo está bem e, please, ligue o ventilador. Aqui dentro faz um calor infernal. Dizem por aí que sou um velho pervertido. Não acredite. É tudo lorota. Faça de conta que estamos em Nova York ou em algum país na velha Europa. Sorria, baby. Lá, eu também já tive treze anos...

(do livro "Pessoas bonitas acordam tarde")


(ilustração sem título, autor desconhecido)


Comments:
Sobre calor infernal, seja de perversões, seja de clima, quem andou nessa terra de cá entende bem.
De volta do casulo imaginário.
"Hábraços"
 
Oi Luz!
Muito bom!
Abraços do *CC*
 
Olá Claudio,

Blog muito bom , textos provocantes e inteligentes!

Valeu.
 
Nossa, fantástico. Muita coisa nas entrelinhas.
Muito bom mesmo!!!!
 
, texto de tema forte.
|abraços meus|
 
Muito bommmmmmmmmmmmmm
enxuto, forte. Sabe que pensei em fazer um conto sobre velhos e moças mto jovens, acho que farei.
Mas não vou colocar no blog agora não.

um bj laura
 
aqui, em nova york ou em qualquer país da europa, sempre haverá um motivo para se dançar um último tango em paris...
1 abraço
 
O trabalho de sintetizar um universo em poucas linhas é fantástico nas suas obras Claudio!
Texto muito bom mesmo!!!
Obrigado pelas palavras lá no meu blog!!!!
 
ah... eu queria tb saber da baibe! E aprender a fazer textos assim. Curtos, enxutos e intensos!
Beijocas
 
e ver tanto, bailando, em linhas poucas, é sempre tanto, ver.

inda vou instituir o palavrão como forma de expressão isenta do olhar enviesado do pudor. Aqui cabe.

belo.
[]´s
 
Uiáááá´! Esplendoroso, Claudio. Isso é del gran carajo! O pedido do "liga o ventilador" é o mote perfeito pra gente, seus leitores, ficarmos preparados para o que vem depois. E o que chega é magnífico.
abçs
Ilidio
 
as letras estão aí, pra formar palavras... mas palavras se transformarem em sentido, só poucos conseguem.não é à toa que a rua é de mão única, né?! rs!
bjs!!!
 
você a cada dia surpreende com seu poder de síntese, poesia e imagens. Ótimo esse conto!
 
Você rouba o fôlego!!
 
Emudecida diante da força do que escreves, deixo-te meu olhar de encanto.
 
Você é muito bom nas prosas. Gostei muito mesmo.
 
Claudio: vc escreve autor desconhecido..e vc é o autor?
Adorei td..como sempre por aqui...e obrigada pelas frequentes visitas ao meu Cotidiano,ok?
Abraçlo com carinho .
 
Teresa já está com sua segunda parte disponível.. depois dê um passeio pela menina-mulher-cidade.
abraço, moço.
 
gosto de personagens amorais em primeira pessoa. este aqui mereceria uma série :)
abraços
Rubens
 
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
 
Soa como musica, da vontade de ler algumas vezes pra decorar...

Apesar de pequeno, o texto nos faz quase conhecer os dois personagens. Notei um certo apegou - também sentimental - do "velho pervertido" pela menina. Será?

[]´s!!!
 
Oi Claudio,
Ah, sempre bom passar aqui e te ler...Bjs....
 
é assim que morrem as meninas...
passe lá depois...tem algo...não seu...mas para você.
um beijo
 
abraço amigo!
 
Obrigado pelo que vc disse lá no bolg.
 
hábjs!
 
Me lembrou um Henry Miller mais "punk rock".

Beijos.
 
Nem um certo "sentimento" que vi do velho pela menina, me fez sentir confortável diante dessa cena, por mim, abominável. Sua contundência, ao mesmo tempo sútil, sensível, sintética e denunciante, chega a doer. Beijos.
 
O tema é forte, sim, mas verossímil e, portanto, necessário, como ocorre à boa arte. Abraços, grande!
 
Baby, hoje ce faz treze anos, vejo em seus olhos seus planos, eu sei que voce quer deitar, nao dah ouvido a razao, nao, quem manda eh o seu coracao...baby, abraca os seus livros no peito, esconde o que eh tao perfeito...
Acertei??
Abracos e muito prazer.
 
Nossa, em pouquíssimas linhas você já conquistou minha atenção! Vou dar uma olhada nos outros textos também. Bjs
 
Soco no estômago, leve (se é que um soco pode ser leve)e fundo.

Obrigado pela presença frequente.

H
 
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